História do para-raios
Diversas religiões veem raios, relâmpagos e trovões como um expressão da fúria divina. Exemplos disso são o martelo de Thor e o dardo divino de Virgílio, que castigava os homens ao lançar fogo, chuva e granizo. Durante as tempestades o homem sentia-se impotente e assustado, ele estava diante de uma manifestação divina que visava puni-lo e nada podia fazer. É por isso que no alto de catedrais do período medieval podemos encontrar as gárgulas, figuras monstruosas que deveriam espantar os raios e relâmpagos com sua feiura.
Quando Benjamin Franklin desvendou o mistério por trás desses fenômenos, o temor místico foi se dissipando, mas ainda hoje os raios causam medo e curiosidade. Essa e outras descobertas científicas deram ao século XVIII a denominação de “século das luzes”, a natureza passou a ser domada e compreendida pelo homem.
Observando as centelhas produzidas por placas eletrizadas em seu laboratório, Franklin percebeu uma grande semelhança entre elas e os raios que vinham das nuvens. Para testar a hipótese de que seriam descargas elétricas, ele elaborou uma experiência bastante perigosa.
No verão de 1752, na Filadélfia, Franklin e seu filho empinaram uma pipa em meio a uma tempestade. A pipa tinha um pequeno arame amarrado em suas varetas e um cabo a conectava a alguns aparelhos do laboratório do inventor. Caso sua hipótese estivesse correta, esse arame, seguindo o princípio do poder das pontas, atrairia para si a descarga elétrica do raio e levaria energia aos aparelhos, fazendo-os funcionar.
Foi o que aconteceu. Franklin comprovou que as nuvens produziam eletricidade. Em outubro do mesmo ano, ele publicou o relato de sua experiência no jornal Gazette e, depois, em seu próprio jornal, o Poor Richard, instruindo as pessoas, de forma detalhada, a instalar facilmente seu próprio para-raios.
ATENÇÃO: Não é recomendado reproduzir a experiência feita por Franklin. Apesar de nesse caso ter tido um desfecho positivo, ela é EXTREMAMENTE perigosa e já causou a morte de pessoas que tentaram repeti-la.
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